quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Evidências arqueológicas da Batalha de Teutoburg
Evidências arqueológicas da Batalha de Teutoburg
In the late 1980's, archaeological finds started to change our view of the battle in the Teutoburg Forest. Yet, they were not the first known material remains of the battle. The most impressive archaeological discovery is much older: the cenotaph of an officer named Marcus Caelius and two of his freedman, which was found at Xanten and is now in the Rheinisches Landesmuseum in Bonn. This monument has been known since 1630, and has been damaged (the lower part is broken off) but the relief and inscription are intact. The epitaph (CIL 13.8648):
Marco CAELIO Titi Filio LEMonia tribv BONonia
I Ordinis LEGionis XIIX ANNorvm LIIIS
OCCIDIT BELLO VARIANO OSSA
INFERRE LICEBIT Pvblivs CAELIVS Titi Filivs
LEMonia tribv FRATER FECIT
To Marcus Caelius, son of Titus, of the Lemonian district, from
Bologna, first centurion of the eighteenth legion. 53½ years old.
He fell in the Varian War. His bones
may be interred here. Publius Caelius, son of Titus,
of the Lemonian district, his brother, erected (this monument).
Marco CAELIO Titi Filio LEMonia tribv BONonia
I Ordinis LEGionis XIIX ANNorvm LIIIS
OCCIDIT BELLO VARIANO OSSA
INFERRE LICEBIT Pvblivs CAELIVS Titi Filivs
LEMonia tribv FRATER FECIT
To Marcus Caelius, son of Titus, of the Lemonian district, from
Bologna, first centurion of the eighteenth legion. 53½ years old.
He fell in the Varian War. His bones
may be interred here. Publius Caelius, son of Titus,
of the Lemonian district, his brother, erected (this monument).
Batalha de Teutoburg
Um interessante site sobre o desastre de Quintilus Varus
http://www.kalkriese-varusschlacht.de/
http://www.kalkriese-varusschlacht.de/
Descoberta de um Campo de Batalha Romano...
Descobertos na Alemanha vestígios de batalha entre romanos e germanos até agora desconhecida
Berlim, 15 Dez (Lusa) - Arqueólogos alemães encontraram vestígios de uma grande batalha entre germanos e romanos, numa floresta perto de Nordheim (Baixa-Saxónia), entre os quais numerosas pontas de flechas, machados e moedas antigas, num total de cerca de 600 objectos.
Segundo vários peritos, a batalha ainda era desconhecida, e os achados justificam que se fala da "Descoberta do Século".
Entre as peças, parte das quais foram apresentadas hoje em conferência de imprensa, no local das escavações, em Kalefeld-Oldenrode, pela equipa de arqueólogos, estão, por exemplo, pontas de flechas e dardos com vestígios de ADN provenientes de África.
Tudo começou há oito anos com as escavações feitas por um arqueólogo amador, Rolf Peter Dix, 63 anos, que encontrou algumas das peças mas as guardou num armário em casa, pensando tratar-se de vestígios da Idade Média, e não da Antiguidade.
Só depois de colocar fotos na Internet Dix se apercebeu da eventual importância da sua descoberta, entrou em contacto com a arqueóloga Petra Loenne, que trabalha para a concelhia local, e convenceu as autoridades a iniciar escavações de maior envergadura, em Junho, sob o maior secretismo, para evitar que a zona fosse invadida por curiosos e houvesse danos ou mesmo saques.
Entre os achados entretanto feitos há também arreios de cavalos, apetrechos de carros de combate e pregos de sandálias romanas.
Algumas das moedas encontradas pelos arqueólogos têm cunhada a imagem do Imperador Cómodo, que governou o Império Romano de 180 a 192 d.C, o que levou os peritos a situar a batalha entre 180 e 260 d.C.
Segundo especialistas na história daquela época, as forças romanas incluíam cerca de mil legionários, e o embate ter-se-á assim travado cerca de 200 anos depois da Batalha de Varus, na Floresta de Teutoburg, na qual os romanos sofreram uma pesada derrota.
Até agora os historiadores consideravam que os romanos, após este desaire militar, se tinham retirado do território germânico, mas os vestígios encontrados em Nordheim provam, segundo os arqueólogos, que ainda levaram a cabo grandes operações militares nesta zona, 200 anos depois.
Alguns dos achados estão em excelente estado de conservação, e permitiram reconstituir, por exemplo, o local de embate de uma salva de flechas, disseram ainda os cientistas, sublinhando que nenhum outro campo de batalha da Antiguidade deixou vestígios tão impressionantes.
Nos anos anteriores, foram também encontrados no concelho vizinho, em Goettingen, restos de um grande campo de abastecimento do exército romano, bem como de vários acampamentos secundários. Neste local foram também encontradas moedas, entre outros objectos que sinalizam a passagem das legiões romanas.
No próximo ano, arqueólogos da Universidade Livre de Berlim vão fazer escavações ainda mais profundas no mesmo lugar, numa área de floresta de 1,5 quilómetros de comprimento por 500 metros de largura, para tentar encontrar também vestígios de túmulos e determinar quem venceu a batalha.
Guenther Moosbauer, professor de História da Antiguidade da Universidade de Osnabrueck, disse depois de examinar os novos achados e o seu bom estado de conservação que deve ter-se tratado de uma vingança das legiões romanas, e que estas devem ter saído vencedoras do confronto com as tribos germânicas.
http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=377917&visual=26&tema=5
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-12-15 18:30:01
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Belissima moeda de Brutus
Promoção de Livros sobre o exército Romano
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Mitrídates VI
Mitrídates VI(132–63 a.C.),
chamado Eupátor Dionísio, também conhecido como Mitrídates, o Grande, foi rei do Ponto de 120 a 63 a.C. na Anatólia e um dos mais formidáveis e sucedidos inimigos de Roma, havendo enfrentado três dos melhores generais romanos da baixa República.
Após conquistar a Anatólia ocidental em 88 a.C., Mitrídates ordenou a execução de todos os habitantes romanos da área.
O massacre de 100 000 homens, mulheres e crianças romanas foi a causa imediata do confronto com Roma.
Durante a Primeira Guerra Mitridática (88 a 84 a.C.), Lúcio Cornélio Sula expulsou Mitrídates da Grécia mas viu-se forçado a retornar à Itália para enfrentar a ameaça de Caio Mário; a derrota de Mitrídates não fora, portanto, definitiva.
Aproveitou a paz celebrada entre Roma e o Ponto para recuperar as suas forças e, quando Roma tentou anexar a Bitínia, Mitrídates atacou com um exército ainda maior, no que viria a ser a Segunda Guerra Mitridática(83 a 81 a.C.). Em sucessão, Roma enviou Lúculo e Pompeu para enfrentá-lo; este último derrotou-o afinal na Terceira Guerra Mitridática (75 a 65 a.C.).
Mitrídates refugiou-se na cidadela de Panticapaeum e suicidou-se.
chamado Eupátor Dionísio, também conhecido como Mitrídates, o Grande, foi rei do Ponto de 120 a 63 a.C. na Anatólia e um dos mais formidáveis e sucedidos inimigos de Roma, havendo enfrentado três dos melhores generais romanos da baixa República.
Após conquistar a Anatólia ocidental em 88 a.C., Mitrídates ordenou a execução de todos os habitantes romanos da área.
O massacre de 100 000 homens, mulheres e crianças romanas foi a causa imediata do confronto com Roma.
Durante a Primeira Guerra Mitridática (88 a 84 a.C.), Lúcio Cornélio Sula expulsou Mitrídates da Grécia mas viu-se forçado a retornar à Itália para enfrentar a ameaça de Caio Mário; a derrota de Mitrídates não fora, portanto, definitiva.
Aproveitou a paz celebrada entre Roma e o Ponto para recuperar as suas forças e, quando Roma tentou anexar a Bitínia, Mitrídates atacou com um exército ainda maior, no que viria a ser a Segunda Guerra Mitridática(83 a 81 a.C.). Em sucessão, Roma enviou Lúculo e Pompeu para enfrentá-lo; este último derrotou-o afinal na Terceira Guerra Mitridática (75 a 65 a.C.).
Mitrídates refugiou-se na cidadela de Panticapaeum e suicidou-se.
Pompeu "O Grande" no Ponto
Pompeu não regressou a Roma no fim desta campanha naval.
Utilizando até ao limite legal o imperium proconsular que lhe havia sido renitentemente concedido, dirigiu-se à província da Ásia, onde aliviou Lucius Licinius Lucullus do comando contra Mitrídates VI do Ponto, responsável por mais de vinte anos de problemas na região. Pompeu permaneceu na área por cinco anos e, em 61 a.C., colocou um ponto final nas guerras mitridáticas.
Utilizando até ao limite legal o imperium proconsular que lhe havia sido renitentemente concedido, dirigiu-se à província da Ásia, onde aliviou Lucius Licinius Lucullus do comando contra Mitrídates VI do Ponto, responsável por mais de vinte anos de problemas na região. Pompeu permaneceu na área por cinco anos e, em 61 a.C., colocou um ponto final nas guerras mitridáticas.
Pompeu "O Grande"
Os piratas e a Ásia Menor
Em 67 a.C., dois anos depois do seu mandato de cônsul, Pompeu foi nomeado comandante de uma frota especial, e responsável supremo por uma campanha destinada a combater o problema da pirataria no Mar Mediterrâneo.
A nomeação, como quase tudo o resto na sua vida, esteve rodeada de polémica.
A facção conservadora detestava-o pelo constante ataque às tradições e pela sua ascendência pouco notável. Tentaram por todos os meios legais impedir este comando, até que um tribuno aliado de Pompeu levou o assunto à Assembléia do Povo. No seu círculo de apoiantes, Pompeu encontrou um apoio esmagador. Para desgosto dos seus adversários, o general levou apenas alguns meses a eliminar os principais núcleos de piratas e garantir a segurança das rotas comerciais entre a Itália, África e Ásia Menor.
A rapidez e sucesso desta Guerra dos Piratas mostrou que era também um almirante dotado e detinha fortes capacidades de organização e logística.
Em 67 a.C., dois anos depois do seu mandato de cônsul, Pompeu foi nomeado comandante de uma frota especial, e responsável supremo por uma campanha destinada a combater o problema da pirataria no Mar Mediterrâneo.
A nomeação, como quase tudo o resto na sua vida, esteve rodeada de polémica.
A facção conservadora detestava-o pelo constante ataque às tradições e pela sua ascendência pouco notável. Tentaram por todos os meios legais impedir este comando, até que um tribuno aliado de Pompeu levou o assunto à Assembléia do Povo. No seu círculo de apoiantes, Pompeu encontrou um apoio esmagador. Para desgosto dos seus adversários, o general levou apenas alguns meses a eliminar os principais núcleos de piratas e garantir a segurança das rotas comerciais entre a Itália, África e Ásia Menor.
A rapidez e sucesso desta Guerra dos Piratas mostrou que era também um almirante dotado e detinha fortes capacidades de organização e logística.
sábado, 15 de novembro de 2008
Pompeu "O Grande"
No regresso a Itália em 71 a.C., Pompeu utilizou as suas legiões veteranas da guerra na Hispânia para auxiliar Marco Licínio Crasso na sua luta contra a revolta dos escravos liderada por Espártaco (Spartacus).
A sua chegada provou-se decisiva para resolver o conflito e valeu-lhe o ódio de Crasso, que pretendia a glória apenas para si próprio.
Em Roma, Pompeu celebra o seu segundo triunfo ilegal, juntamente com Metelo Pio, pelas vitórias alcançadas na Península Ibérica.
No ano seguinte (70 a.C.), com apenas 35 anos, Pompeu é eleito cônsul pela primeira vez, apesar de esta eleição ser mais uma machadada nas tradições do cursus honorum. Era odiado pelo seu colega Crasso e visto com desconfiança pelo resto da classe senatorial, mas tinha o apoio dos eleitores das camadas sociais mais baixas, que o viam como herói.
A sua chegada provou-se decisiva para resolver o conflito e valeu-lhe o ódio de Crasso, que pretendia a glória apenas para si próprio.
Em Roma, Pompeu celebra o seu segundo triunfo ilegal, juntamente com Metelo Pio, pelas vitórias alcançadas na Península Ibérica.
No ano seguinte (70 a.C.), com apenas 35 anos, Pompeu é eleito cônsul pela primeira vez, apesar de esta eleição ser mais uma machadada nas tradições do cursus honorum. Era odiado pelo seu colega Crasso e visto com desconfiança pelo resto da classe senatorial, mas tinha o apoio dos eleitores das camadas sociais mais baixas, que o viam como herói.
Pompeu "O Grande" na Hispania
Depois de celebrar um triunfo apesar de não ter nem a idade nem o status adequados, Pompeu pediu um imperium proconsular, sem nunca ter sido cônsul, para fazer frente a Sertório, o último apoiante de Caio Mário ainda no activo.
O pedido foi concedido e, juntamente com Quinto Cecílio Metelo Pio, dirigiu-se à Hispânia. Esta campanha marcou uma nova fase na carreira militar de Pompeu. Até então, estava acostumado a vitórias relativamente fáceis frente a inimigos desmoralizados e/ou desorganizados.
Sertório era um general talentoso, a jogar no seu próprio terreno e com um talento especial para a guerrilha. Era portanto um inimigo à altura de qualquer adversário, o que é comprovado pela longa duração da campanha, de 76 a 71 a.C..
Pompeu e Metelo Pio conseguiram uma vitória apenas devido ao assassinato de Sertório numa conspiração organizada pelos seus próprios homens.
O pedido foi concedido e, juntamente com Quinto Cecílio Metelo Pio, dirigiu-se à Hispânia. Esta campanha marcou uma nova fase na carreira militar de Pompeu. Até então, estava acostumado a vitórias relativamente fáceis frente a inimigos desmoralizados e/ou desorganizados.
Sertório era um general talentoso, a jogar no seu próprio terreno e com um talento especial para a guerrilha. Era portanto um inimigo à altura de qualquer adversário, o que é comprovado pela longa duração da campanha, de 76 a 71 a.C..
Pompeu e Metelo Pio conseguiram uma vitória apenas devido ao assassinato de Sertório numa conspiração organizada pelos seus próprios homens.
Pompeu "O Grande"
Sicília e África
Embora sendo um privatus devido à idade, Pompeu manteve os seus comandos sob a administração de Sulla e revelou-se um general talentoso.
O ditador confiava nos seus instintos e enviou-o em perseguição dos apoiantes de Marius, entrincheirados nas províncias da Sicília e África.
Pompeu varreu a ilha com as suas legiões, acabando com a resistência, mas ao mesmo tempo provocando desagrado das populações locais, que responderam com queixas. Não me falem em leis, nós estamos armados! foi a sua célebre resposta.
Em África obteve igual sucesso e no fim da campanha foi aclamado imperator pelas suas fiéis tropas.
De acordo com a tradição, Pompeu requereu ao senado o direito de celebrar uma parada triunfal, apesar de não ter estatuto consular, nem sequer senatorial. Os senadores recusaram o pedido do que consideravam um miúdo nem sequer oriundo de boas famílias, mas Pompeu estacionou as tropas à saída de Roma, recusando-se a conceder-lhes licença enquanto o seu desejo não fosse concedido. O ditador Sulla acabou por intervir e conceder-lhe o triunfo, mais para fazer a vontade ao genro que por medo.
É também nesta altura que Pompeu adquire o cognome Magnus, "o Grande", que segundo uma das versões foi atribuído pelo próprio Sulla com uma certa dose de sarcasmo.
Embora sendo um privatus devido à idade, Pompeu manteve os seus comandos sob a administração de Sulla e revelou-se um general talentoso.
O ditador confiava nos seus instintos e enviou-o em perseguição dos apoiantes de Marius, entrincheirados nas províncias da Sicília e África.
Pompeu varreu a ilha com as suas legiões, acabando com a resistência, mas ao mesmo tempo provocando desagrado das populações locais, que responderam com queixas. Não me falem em leis, nós estamos armados! foi a sua célebre resposta.
Em África obteve igual sucesso e no fim da campanha foi aclamado imperator pelas suas fiéis tropas.
De acordo com a tradição, Pompeu requereu ao senado o direito de celebrar uma parada triunfal, apesar de não ter estatuto consular, nem sequer senatorial. Os senadores recusaram o pedido do que consideravam um miúdo nem sequer oriundo de boas famílias, mas Pompeu estacionou as tropas à saída de Roma, recusando-se a conceder-lhes licença enquanto o seu desejo não fosse concedido. O ditador Sulla acabou por intervir e conceder-lhe o triunfo, mais para fazer a vontade ao genro que por medo.
É também nesta altura que Pompeu adquire o cognome Magnus, "o Grande", que segundo uma das versões foi atribuído pelo próprio Sulla com uma certa dose de sarcasmo.
Pompeu "O Grande"
Os Primeiros anos
Pompeu era o único filho e herdeiro de Cneu Pompeu Estrabão, um proprietário muito rico da zona de Picenum, na Itália, chefe de um ramo da família Pompeia, tradicionalmente rural.
Aos olhos da elite aristocrática de Roma, estes antecedentes não eram bem vistos. Não obstante, dada a sua riqueza, Estrabão progrediu na vida política e foi o primeiro senador da família, eleito cônsul em 89 a.C., no meio da crise política da Guerra Social.
Pompeu cresceu portanto junto do seu pai nos acampamentos militares, envolvido em questões políticas desde a adolescência. De acordo com Plutarco, Pompeu era um jovem de fácil trato, popular e com bastantes amigos da sua idade, entre os quais o futuro escritor Cícero.
Estrabão morreu por volta de 87 a.C., no meio da guerra civil entre a facção populista de Caio Mário e os conservadores de Lúcio Cornélio Sula, deixando Pompeu no controle dos seus negócios e fortuna. Apesar da sua juventude, Pompeu não hesitou em tomar um partido e aliou-se a Sula no seu regresso à Itália depois do fim da primeira guerra mitridática em 83 a.C.. Com a sua posição longe de estar assegurada, Sulla não desdenhou a ajuda oferecida pelo rapaz de 23 anos, líder de três legiões picentinas veteranas, oriundas da província que controlava quase como rei. Esta aliança projectou a carreira política de Pompeu.
Pompeu era o único filho e herdeiro de Cneu Pompeu Estrabão, um proprietário muito rico da zona de Picenum, na Itália, chefe de um ramo da família Pompeia, tradicionalmente rural.
Aos olhos da elite aristocrática de Roma, estes antecedentes não eram bem vistos. Não obstante, dada a sua riqueza, Estrabão progrediu na vida política e foi o primeiro senador da família, eleito cônsul em 89 a.C., no meio da crise política da Guerra Social.
Pompeu cresceu portanto junto do seu pai nos acampamentos militares, envolvido em questões políticas desde a adolescência. De acordo com Plutarco, Pompeu era um jovem de fácil trato, popular e com bastantes amigos da sua idade, entre os quais o futuro escritor Cícero.
Estrabão morreu por volta de 87 a.C., no meio da guerra civil entre a facção populista de Caio Mário e os conservadores de Lúcio Cornélio Sula, deixando Pompeu no controle dos seus negócios e fortuna. Apesar da sua juventude, Pompeu não hesitou em tomar um partido e aliou-se a Sula no seu regresso à Itália depois do fim da primeira guerra mitridática em 83 a.C.. Com a sua posição longe de estar assegurada, Sulla não desdenhou a ajuda oferecida pelo rapaz de 23 anos, líder de três legiões picentinas veteranas, oriundas da província que controlava quase como rei. Esta aliança projectou a carreira política de Pompeu.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Moedas de Pompeu
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Rio Letes
Descobri recentemente a existência desta bela tapeçaria de Almada Negreiros referente a uma bem conhecida passagem de Estrabão.
A travessia do rio Letes (possivelmente o actual rio Lima) pelo General Décimo Júnio Bruto.
A quem interessae ela conserva-se na Sala de Estar da Pousada de Santa Luzia em Viana do Castelo.
Sula
Recorde-se que nesta altura, era considerado sacrilégio para um exército atravessar o pomerium, a fronteira simbólica da cidade.
Talvez devido ao efeito surpresa, Sula conquistou Roma e conseguiu assegurar o seu comando. No ano seguinte, partiu para o Oriente e deixou Roma nas mãos de dois cônsules, um aristocrata, Cneu Otávio e um plebeu, Cornélio Cina, que após sua partida, guerrearam entre si, criando uma guerra civil, que fez com que Mário voltasse da África, onde se refugiara, a Roma e se unisse a Cina. Os revoltosos de Cina pilharam e saquearam a cidade em demasia, obrigando-o a restabelecer a ordem por meio de um exército de gauleses, morrendo Mário nesta revolta.
Aparentemente indiferente à devastação política que se vivia em Roma, Sula arrecadou inúmeras vitórias contra Mitrídates, que se aliara a Atenas. Em 82 a.C. regressa a Itália para encontrar um exército à sua espera. Na breve guerra civil que se seguiu, a qualidade dos veteranos das suas legiões provou ser decisiva. Sula invade Roma uma vez mais e em 81 a.C. com a batalha da Porta Colina torna-se ditador romano vitalício. Com essa vitória, ele foi homenageado pelo povo com a construção de uma estátua de bronze e ainda instituiu no calendário, mais uma festa, a da vitória de Sula.
Com Roma na bancarrota, Sula recorreu à proscrição dos seus inimigos políticos para arranjar os fundos necessários às reformas que pretendia realizar.
Estas centraram-se essencialmente na concentração do poder no senado e na limitação da actividade legislativa da Assembleia do Povo. Sula foi essencialmente um conservador que se dedicou a eliminar todas as medidas progressistas tomadas nos últimos anos, valorizando a tradição do mos maiorum.
Ele perseguiu e matou diversos seguidores de Mário, até mesmo expulsou um grande jovem, sobrinho de Mário (por parte de sua esposa), chamado, Caio Júlio César, que se tornaria um dos maiores nomes da história de Roma.
Em 79 a.C., no pico do seu poder, Sulla toma a decisão de abdicar de todos os seus cargos e de se retirar da vida política. Com o objectivo de escrever as suas memórias, das quais sobrevivem alguns excertos, exilou-se na sua villa acompanhado por dançarinos, prostitutas e o seu amante Metróbio. Foi nesta companhia que morreu provavelmente de cirrose, no ano seguinte. Durante os anos subsequentes da República Romana, seu nome sempre foi lembrado como o primeiro transgressor das leis sagradas da República.
Talvez devido ao efeito surpresa, Sula conquistou Roma e conseguiu assegurar o seu comando. No ano seguinte, partiu para o Oriente e deixou Roma nas mãos de dois cônsules, um aristocrata, Cneu Otávio e um plebeu, Cornélio Cina, que após sua partida, guerrearam entre si, criando uma guerra civil, que fez com que Mário voltasse da África, onde se refugiara, a Roma e se unisse a Cina. Os revoltosos de Cina pilharam e saquearam a cidade em demasia, obrigando-o a restabelecer a ordem por meio de um exército de gauleses, morrendo Mário nesta revolta.
Aparentemente indiferente à devastação política que se vivia em Roma, Sula arrecadou inúmeras vitórias contra Mitrídates, que se aliara a Atenas. Em 82 a.C. regressa a Itália para encontrar um exército à sua espera. Na breve guerra civil que se seguiu, a qualidade dos veteranos das suas legiões provou ser decisiva. Sula invade Roma uma vez mais e em 81 a.C. com a batalha da Porta Colina torna-se ditador romano vitalício. Com essa vitória, ele foi homenageado pelo povo com a construção de uma estátua de bronze e ainda instituiu no calendário, mais uma festa, a da vitória de Sula.
Com Roma na bancarrota, Sula recorreu à proscrição dos seus inimigos políticos para arranjar os fundos necessários às reformas que pretendia realizar.
Estas centraram-se essencialmente na concentração do poder no senado e na limitação da actividade legislativa da Assembleia do Povo. Sula foi essencialmente um conservador que se dedicou a eliminar todas as medidas progressistas tomadas nos últimos anos, valorizando a tradição do mos maiorum.
Ele perseguiu e matou diversos seguidores de Mário, até mesmo expulsou um grande jovem, sobrinho de Mário (por parte de sua esposa), chamado, Caio Júlio César, que se tornaria um dos maiores nomes da história de Roma.
Em 79 a.C., no pico do seu poder, Sulla toma a decisão de abdicar de todos os seus cargos e de se retirar da vida política. Com o objectivo de escrever as suas memórias, das quais sobrevivem alguns excertos, exilou-se na sua villa acompanhado por dançarinos, prostitutas e o seu amante Metróbio. Foi nesta companhia que morreu provavelmente de cirrose, no ano seguinte. Durante os anos subsequentes da República Romana, seu nome sempre foi lembrado como o primeiro transgressor das leis sagradas da República.
Sula
Personagem controverso da Roma Republicana. Sula nasceu numa família empobrecida da aristocracia romana, os patrícios Cornelii. Os seus primeiros anos foram passados na obscuridade e só conseguiu fundos para ingressar no Senado Romano, através de duas heranças, que Plutarco na sua biografia considera suspeitas. Sulla foi questor ao serviço de Caio Mário na campanha da Numídia e destacou-se sobre o seu comando ao capturar o rei Jugurta.
Sulla continuou sob o comando de Mário na campanha contra as tribos germânicas que terminou com sucesso em 101 a.C..
Em 99 a.C., ele tenta ser eleito pretor, mas não consegue, se elegendo então edil, durante este mandato, realizou as primeiras lutas de leões nos anfiteatros de Roma, ganhando prestígio. Com a sua sorte mudada, em 94 a.C. é eleito pretor urbano e subsequentemente governador da Cilícia na Ásia. No regresso a Roma, distingue-se como general nas Guerras Sociais (91 - 88 a.C.) e é eleito cônsul no fim deste conflito, graças às vitórias alcançadas.
Durante o consulado, Sula obteve o comando principal na guerra contra Mitrídates VI do Ponto, que acabava de começar. Mas o seu antigo aliado Caio Mário manobrou politicamente e retirou-lhe o comando através do suborno de um tribuno da plebe. Sula não se deixou ficar e tomou a decisão de invadir Roma com o seu exército.
Sulla continuou sob o comando de Mário na campanha contra as tribos germânicas que terminou com sucesso em 101 a.C..
Em 99 a.C., ele tenta ser eleito pretor, mas não consegue, se elegendo então edil, durante este mandato, realizou as primeiras lutas de leões nos anfiteatros de Roma, ganhando prestígio. Com a sua sorte mudada, em 94 a.C. é eleito pretor urbano e subsequentemente governador da Cilícia na Ásia. No regresso a Roma, distingue-se como general nas Guerras Sociais (91 - 88 a.C.) e é eleito cônsul no fim deste conflito, graças às vitórias alcançadas.
Durante o consulado, Sula obteve o comando principal na guerra contra Mitrídates VI do Ponto, que acabava de começar. Mas o seu antigo aliado Caio Mário manobrou politicamente e retirou-lhe o comando através do suborno de um tribuno da plebe. Sula não se deixou ficar e tomou a decisão de invadir Roma com o seu exército.
domingo, 26 de outubro de 2008
Quinto Sertório
Os Lusíadas - Canto VIII
8
"Vês? conosco também vence as bandeiras
Dessas aves de Júpiter validas;
Que já naquele tempo as mais Guerreiras
Gentes de nós souberam ser vencidas.
Olha tão subtis artes e maneiras,
Para adquirir os povos, tão fingidas,
A fatídica Cerva que o avisa:
Ele é Sertório, e ela a sua divisa
8
"Vês? conosco também vence as bandeiras
Dessas aves de Júpiter validas;
Que já naquele tempo as mais Guerreiras
Gentes de nós souberam ser vencidas.
Olha tão subtis artes e maneiras,
Para adquirir os povos, tão fingidas,
A fatídica Cerva que o avisa:
Ele é Sertório, e ela a sua divisa
Sobre a vida de Caius Marius
Caius Marius
Caio Mário (Cereátas, Arpino, c.157 a.C. - Roma, 13 de Janeiro de 86 a.C.) foi um dos mais brilhantes políticos e generais da República Romana.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaius_Marius
De origem volsca, Mário não pertencia à aristocracia tradicional de Roma, a sua família provinha da região de Arpinum, onde detinha importantes negócios. Por este motivo, a sua progressão política na elitista República estava a princípio limitada. Mário fez no entanto o serviço militar durante a Terceira Guerra Púnica, onde participou no cerco de Numância. Ao fazer 30 anos, Mário entrou para o senado romano e cumpriu o seu mandato de tribuno da plebe em 119 a.C.. O seu percurso foi feito a pulso, perdendo várias eleições, visto que lhe faltava um apelido aristocrático que captasse os eleitores. Em 116 a.C., Mário consegue eleger-se pretor, embora com acusações de corrupção e suborno eleitoral, e no ano seguinte torna-se governador, com estatuto propretor, da província romana da Hispânia Ulterior. Este mandato ofereceu-lhe hipóteses de negócio que vão aumentar a sua fortuna consideravelmente.
De regresso a Roma, Mário consegue dar um importante passo em frente na hierarquia social de Roma ao casar com a patrícia Júlia Caesaris (tia de Júlio César). Talvez devido a este suporte familiar, Mário conseguiu uma nomeação como legado militar do ex-cônsul Quinto Cecílio Metelo Numídico na campanha da Numídia, que se saldou num sucesso. Esta sua vitória granjeou-lhe a fama necessária para ser eleito cônsul em 107 a.C. e no ano seguinte, foi ele próprio a encabeçar a expedição final contra o rei Jugurta da Numídia. É nesta altura que aparece a primeira evidência da relação de amizade com Lucio Cornélio Sula. De regresso a Roma, Mário consegue um triunfo para celebrar os seus êxitos.
Entretanto, no Norte de Itália aparecia um perigo sem precedentes para Roma: uma confederação de tribos germânicas,compreendendo cimbros (os mais numerosos), teutões, marcomanos e tigurinos, com cerca de um milhão de pessoas aproximava-se dos Alpes com a clara intenção de invadir a Península Itálica.
Em 105 a.C., devido à inepta actuação dos comandantes romanos (o cônsul sénior, Cneu Málio Máximo e Quinto Servílio Cipião) o exército romano sofreu uma estrondosa derrota que quase aniquilou toda uma geração de homens. O pânico era generalizado e provocou a eleição de Mário em 104 a.C., considerado o único general capaz de lidar com a ameaça, para um segundo consulado, apesar de se encontrar ainda em África e de o primeiro ter sido há menos de 10 anos. Mário aceitou a nomeação mas impôs a condição de ver o seu mandato renovado até a ameaça ter desaparecido. Exigiu ainda carta branca para a reorganização do exército e criou a primeira legião romana profissional, integrando na legião os capite censi (o proletariado romano). Em 102 a.C., na batalha de Aquae Sextiae (Aix-en-Provence), derrotou a tribo dos teutões e no ano seguinte aniquilou os cimbros na batalha de Vercellae (Vercelas), pondo fim à ameaça germânica.
Nos anos seguintes, Mário regressou à vida privada apesar de se manter um cidadão influente. Mas a ambição de novas vitórias esteve sempre presente e, 88 a.C., quando rebentou a primeira guerra contra Mitridates VI do Ponto, Mário ambicionou o comando. Desta vez, devido à idade e ao facto de ter já sofrido uma trombose que lhe paralisou o lado esquerdo do corpo, Mário falhou a nomeação. O general indicado para este comando foi Lúcio Cornélio Sula, seu antigo legado, que se tornou num alvo político a abater. Através do suborno de um tribuno da plebe, Mário legislou que o comando mitridático fosse removido de Sula e entregue a si próprio. Mas Sula tomou a espectacular decisão de recusar cumprir a directiva e em vez disso invadiu Roma com o seu exército. A cidade foi tomada à força e Mário teve de fugir para África com os seus colaboradores para evitar o assassinato. Sula abandonou Roma em direcção ao Oriente em 87 a.C., e Mário desembarcou na Etrúria retomando o controlo de Roma com Lúcio Cornélio Cina, um dos seus aliados políticos de maior confiança. Juntos organizaram uma limpeza de todos os aliados de Sula, assassinando muita gente. Mário conseguiu ainda o tão ambicionado sétimo consulado (a 1 de Janeiro de 86 a.C,), apesar das suas capacidades físicas e mentais estarem obviamente perturbadas. Mas durante uma guerra de repressão por parte de Cina para com os romanos que estavam pilhando e saqueando a cidade, Mário acabou morrendo, já estando completamente destruído pelos problemas físicos e mentais (cirrose, problemas com a bebida que criaram isto, depressão e complexos).
Legado
O legado de Mário na história da República Romana é impar. As suas reformas no exército deixaram as bases do exército profissional que haveria de servir Caio Júlio César nas suas conquistas e, mais tarde, na expansão do Império Romano. Do ponto de vista político, foi a cabeça da facção dos Populares e os sete consulados de Mário abriram um precedente político para a quebra das rigorosas regras eleitorais de Roma, que haveria de resultar numa sucessão de guerras civis e na queda da República em 27 a.C..
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaius_Marius
De origem volsca, Mário não pertencia à aristocracia tradicional de Roma, a sua família provinha da região de Arpinum, onde detinha importantes negócios. Por este motivo, a sua progressão política na elitista República estava a princípio limitada. Mário fez no entanto o serviço militar durante a Terceira Guerra Púnica, onde participou no cerco de Numância. Ao fazer 30 anos, Mário entrou para o senado romano e cumpriu o seu mandato de tribuno da plebe em 119 a.C.. O seu percurso foi feito a pulso, perdendo várias eleições, visto que lhe faltava um apelido aristocrático que captasse os eleitores. Em 116 a.C., Mário consegue eleger-se pretor, embora com acusações de corrupção e suborno eleitoral, e no ano seguinte torna-se governador, com estatuto propretor, da província romana da Hispânia Ulterior. Este mandato ofereceu-lhe hipóteses de negócio que vão aumentar a sua fortuna consideravelmente.
De regresso a Roma, Mário consegue dar um importante passo em frente na hierarquia social de Roma ao casar com a patrícia Júlia Caesaris (tia de Júlio César). Talvez devido a este suporte familiar, Mário conseguiu uma nomeação como legado militar do ex-cônsul Quinto Cecílio Metelo Numídico na campanha da Numídia, que se saldou num sucesso. Esta sua vitória granjeou-lhe a fama necessária para ser eleito cônsul em 107 a.C. e no ano seguinte, foi ele próprio a encabeçar a expedição final contra o rei Jugurta da Numídia. É nesta altura que aparece a primeira evidência da relação de amizade com Lucio Cornélio Sula. De regresso a Roma, Mário consegue um triunfo para celebrar os seus êxitos.
Entretanto, no Norte de Itália aparecia um perigo sem precedentes para Roma: uma confederação de tribos germânicas,compreendendo cimbros (os mais numerosos), teutões, marcomanos e tigurinos, com cerca de um milhão de pessoas aproximava-se dos Alpes com a clara intenção de invadir a Península Itálica.
Em 105 a.C., devido à inepta actuação dos comandantes romanos (o cônsul sénior, Cneu Málio Máximo e Quinto Servílio Cipião) o exército romano sofreu uma estrondosa derrota que quase aniquilou toda uma geração de homens. O pânico era generalizado e provocou a eleição de Mário em 104 a.C., considerado o único general capaz de lidar com a ameaça, para um segundo consulado, apesar de se encontrar ainda em África e de o primeiro ter sido há menos de 10 anos. Mário aceitou a nomeação mas impôs a condição de ver o seu mandato renovado até a ameaça ter desaparecido. Exigiu ainda carta branca para a reorganização do exército e criou a primeira legião romana profissional, integrando na legião os capite censi (o proletariado romano). Em 102 a.C., na batalha de Aquae Sextiae (Aix-en-Provence), derrotou a tribo dos teutões e no ano seguinte aniquilou os cimbros na batalha de Vercellae (Vercelas), pondo fim à ameaça germânica.
Nos anos seguintes, Mário regressou à vida privada apesar de se manter um cidadão influente. Mas a ambição de novas vitórias esteve sempre presente e, 88 a.C., quando rebentou a primeira guerra contra Mitridates VI do Ponto, Mário ambicionou o comando. Desta vez, devido à idade e ao facto de ter já sofrido uma trombose que lhe paralisou o lado esquerdo do corpo, Mário falhou a nomeação. O general indicado para este comando foi Lúcio Cornélio Sula, seu antigo legado, que se tornou num alvo político a abater. Através do suborno de um tribuno da plebe, Mário legislou que o comando mitridático fosse removido de Sula e entregue a si próprio. Mas Sula tomou a espectacular decisão de recusar cumprir a directiva e em vez disso invadiu Roma com o seu exército. A cidade foi tomada à força e Mário teve de fugir para África com os seus colaboradores para evitar o assassinato. Sula abandonou Roma em direcção ao Oriente em 87 a.C., e Mário desembarcou na Etrúria retomando o controlo de Roma com Lúcio Cornélio Cina, um dos seus aliados políticos de maior confiança. Juntos organizaram uma limpeza de todos os aliados de Sula, assassinando muita gente. Mário conseguiu ainda o tão ambicionado sétimo consulado (a 1 de Janeiro de 86 a.C,), apesar das suas capacidades físicas e mentais estarem obviamente perturbadas. Mas durante uma guerra de repressão por parte de Cina para com os romanos que estavam pilhando e saqueando a cidade, Mário acabou morrendo, já estando completamente destruído pelos problemas físicos e mentais (cirrose, problemas com a bebida que criaram isto, depressão e complexos).
Legado
O legado de Mário na história da República Romana é impar. As suas reformas no exército deixaram as bases do exército profissional que haveria de servir Caio Júlio César nas suas conquistas e, mais tarde, na expansão do Império Romano. Do ponto de vista político, foi a cabeça da facção dos Populares e os sete consulados de Mário abriram um precedente político para a quebra das rigorosas regras eleitorais de Roma, que haveria de resultar numa sucessão de guerras civis e na queda da República em 27 a.C..
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Adrian Goldsworthy
Adrian Goldsworthy nasceu em 1969. Licenciado em História pela Universidade de Oxford, doutorou-se pela mesma universidade em História Militar Antiga, tendo sido investigador da Universidade de Cardiff durante dois anos. Actualmente dedica-se à escrita e lecciona na Universidade de Notre Dame, em Londres. É autor de várias obras sobre história militar antiga das quais destacamos, The Roman Army at War 100 BC - AD 20, The Punic Wars, Caesar: Life of a Colossus.
Adrian Goldsworthy em Portugal
Adrian Goldsworthy em Portugal. No próximo dia 29, pelas 11 horas, no Anfiteatro II da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa terá lugar uma conferência de Adrian Goldsworthy com o título:«César: a Vida de um Colosso».
Entrada livre.
Esta conferência surge na sequência da tradução de mais uma obra deste autor pela Esfera dos Livros
domingo, 19 de outubro de 2008
Generais Romanos
O império romano foi criado e mantido através do seu exército, uma das mais eficazes e poderosas forças militares em toda a História, e do engenho e arte dos seus generais.
De Scipio, Africanus que combinava o misticismo com uma determinação de ferro; a Aemilius Paullus, o conquistador da Macedónia; a Caesar, um líder agressivo e carismático, até Trajano o último grande conquistador, o historiador militar Adrian Goldsworthy narra, através destes generais, a história do Império Romano, a evolução do seu exército e do sistema político que o dirigia. De vitória em vitória, de conquista em conquista, estes generais foram figuras fundamentais na história de Roma. As suas tácticas, capacidade de liderança e decisões estratégicas marcaram durante séculos a arte da guerra. Mas, muitas vezes os homens que comandavam legiões dominavam também o Estado em tempos de paz.
A tradução é do Professor Carlos Fabião da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
De volta
Após uma prolongada ausência, venho agora retomar a escrita.
Uma longa campanha de escavações arqueológicas, impediram a continuidade de diversos projectos.
Uma longa campanha de escavações arqueológicas, impediram a continuidade de diversos projectos.
domingo, 6 de abril de 2008
Olisipo
Sob a actual cidade de Lisboa desenvolveu-se desde meados do primeiro milénio antes de cristo um dos grandes centros portuários da fachada atlântica peninsular.
A colina onde se vem a desenvolver a cidade medieval, é o berço da génese dessse aglomerado, que da sua ampla acrópole domina de uma forma preveligiada o ancoradouro natural da foz do Tejo.
Porto das mais desvairadas gentes vê chegar mercadores fenícios, púnicos e gregos interagindo e comercializando as riquesas das imensas planícies Ribatejanas e do interior peninsular.
É a este antigo povoado, pleno de tradições e vivências que aportam as galeras Itálicas em meados do século II a.C.
As águias romanas iram estabelecer aqui uma das suas bases... e nada será como dantes!
A colina onde se vem a desenvolver a cidade medieval, é o berço da génese dessse aglomerado, que da sua ampla acrópole domina de uma forma preveligiada o ancoradouro natural da foz do Tejo.
Porto das mais desvairadas gentes vê chegar mercadores fenícios, púnicos e gregos interagindo e comercializando as riquesas das imensas planícies Ribatejanas e do interior peninsular.
É a este antigo povoado, pleno de tradições e vivências que aportam as galeras Itálicas em meados do século II a.C.
As águias romanas iram estabelecer aqui uma das suas bases... e nada será como dantes!
Os primeiros momentos do domínio romano no extremo Ocidente
(...) para cima de Móron a navegação ainda é mais longa.
Brutos, denominado o Galaico, utilizou esta cidade como a
base de operações, quando entrou em guerra contra os
Lusitanos e os submeteu. Em seguida amuralhou Olisypón,
nas margens do rio, para ter livre a navegação e o acesso
de víveres. Estas cidades são também as maiores que se
encontram junto do Tejo.
Estrabão, Geog., 3,3,1.
Brutos, denominado o Galaico, utilizou esta cidade como a
base de operações, quando entrou em guerra contra os
Lusitanos e os submeteu. Em seguida amuralhou Olisypón,
nas margens do rio, para ter livre a navegação e o acesso
de víveres. Estas cidades são também as maiores que se
encontram junto do Tejo.
Estrabão, Geog., 3,3,1.
A um novo começo
A deificação de uma das "qualidades" do imperador Augusto serve-me de preámbulo a este novo espaço que agora inicio. Sejam bem vindos
Este blogue pretende antes mais ser um espaço aberto de depate e de troca de ideias.
Este blogue pretende antes mais ser um espaço aberto de depate e de troca de ideias.
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